quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Medo... E sol.

Tenho medo de dormir sozinho... Não gosto do escuro, e nem de não ser abraçado. Odeio a solidão...
Estar sozinho é uma de-lí-cia, mas a solidão... não tenho nem vontade de chorar, os olhos somem. Fico de frente aos monstros que, por mais que eu os odeie e tente me impor, me atacam de repente, com o mesmo olhar maníaco, Frenéticos. Impacientes.
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Sol! Ilumina logo de uma vez o sono das feras aqui de dentro. Entra sem pedir licença, e invade a sala, o sofá, a mesa, o tapete, o café, meu coração. Tempo! Deixa eu abrir a janela e ver a neve derreter, virando lágrimas de um novo tempo tão aguardado!
Espaço, expira! Expira e alarga, para os lados, para os cantos, para cima e para dentro. Enche e esvazia as coisas! 
Deus, exista, e manda pro lado de cá os sonhos, os gnomos, as ondinas, as fadas e tudo que o lado de lá detesta! Enche os cômodos de alma, me faz ser alma. Deixai de lado a pele serpentina, já carcomida e mal passada. 
Liberta o sonho, liberta o sentimento, liberta as emoções, liberta a magia, liberta o ocultismo, liberta a contradição, liberta de mundo os mundos fechados.
Sol! Clarifica os olhos castanhos já não mais vermelhos de irritação! Me dá o sorriso, me dá o ânimo, me dá a o belo! Enche a casa de beleza, faz de mim alguém que possa ver o que é bom. Me faz dançar, me faz leonino! Que eu ruja alto, e grite pra fora, porque só assim que se vive.

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