terça-feira, 17 de novembro de 2015

Astrologia

Tenho uma visão diferente sobre astrologia. Porque, em geral, ou as pessoas creem do fundo de seus corações que nasceram em tal dia e possuem de modo fixo seu signo (e lua e planetas em tais casas), sendo os chatos que apontam o dedo e ficam adivinhando o que você é (canceriano, leonino, geminiano, etc)
(Pausa: saber o que eu sou, ou saber que coisas eu sou, só eu e pessoas muito íntimas podem ter noção. Você que me conhece há dois minutos não pode ter a pachorra de dizer como sou).
Enfim. As outras pessoas são também chatas, mas desta vez porque não suportam ouvir a palavra "astrologia", porque já torcem o nariz e sempre, sempre, do alto de sua ciência "que aprova e classifica" (Raul Seixas), taxam ela de pseudociência.
Gostaria de mandar vocês dois tomarem no cu. Obrigado. Isto sintetiza meu ódio desta guerrinha de tapados.
Agora vou explicar minha opinião, que não é uma, nem outra das supracitadas.
Enxergo a astrologia como uma apanhado de mitos que circundam constelações e planetas. A constelação de Leão Maior possui um mito: é o leão de Neméia, morto por Hércules em um de seus doze trabalho. O planeta Urano é uma clara referência ao Deus Urano, que junto de Gaia, gerou os Titãs.
Se nos aproximarmos de cada mitologia e analisá-las sob aspecto de serem partes da gente, veremos como podem ser universais. É possível se enxergar através de um mito. O momento em que nos afundamos no inferno e em seguida retornamos para a atmosfera respirável é o que descreve o mito de Perséfone. Todos nós já passamos por algo duro, e após o tempo do sofrer, voltamos aliviados à rotina, mas desta vez, mais amadurecidos. Ou então o encanto que sentimos por alguém; por que não dizer que Vênus rondou nossa vida e nos influenciou com o sabor da beleza?
Enfim, entenderam meu ponto. Todos os planetas e todas as constelações, para mim, podem ser lidas segundo este aspecto humano, onde nós nos vemos ali em cima. Partindo disto, podemos inferir que há em nós todo o firmamento. Há em nós todos os mitos, heroínas e heróis. A astrologia seria, então, um caminho para se desvendar, explorar as fendas desconhecidas.
Optando esta forma de pensar, eu excluo a ideia de que nascemos em tal data e temos determinado signo solar. Você está livre pra descobrir sua personalidade de acordo com as centenas de mitos gregos que por aí existem (e porque não, também de outras culturas). Está livre pra descobrir o Capricórnio ti, e o Sagitário no teu coração.
Sim, isto é maravilhoso. Você é o que quiser, e está livre pra ser, finalmente, uma metamorfose ambulante (tô namorando o Raulzinto estes dias...).
Vou me colocar como exemplo para que a mensagem possa ser melhor apreendida.
Estes dias fui meditar. Com toda aquela coisa de sentir energias - ou simplesmente sensações, como preferir -, eu tive a ideia de liberar, em mim, o espírito de Aquário. Disse em voz alta isto. Alguns dias depois, fui ler um pouco sobre a constelação e seus mitos relacionados.
A partir destes dados, estou procurando conduzir minhas escolhas de acordo com  o que ele é. Aquário é Prometeu, que serviu à humanidade roubando o fogo do Olimpo. Isto sugere invenção e criatividade à mercê dos seres humanos (sem o fogo, a humanidade vivia no escuro, metaforicamente falando). É a transgressão, também (lembre-se que o fogo era proibido de ser dados às mulheres e aos homens. Prometeu sofreu as consequências disto). Aquário representa a necessidade de fazer pelos outros sem a necessidade de ser parabenizado pelos atos. É o oposto do rei que serve a população; Aquário é anárquico.
Então é assim que enxergo a astrologia. Um mar de possibilidades e magia, que podem provocar em nós o efeito de expandir a forma de enxergar o mundo.


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