terça-feira, 10 de novembro de 2015

Magia, Ciência e Leões

Sabe uma coisa que eu amo? Magia. Esta purpurina sobre a realidade, cor roxa sobre o asfalto, vermelho de nebulosa sobre os quadros velhos e mal pintados do cotidiano. Me encanto fácil com a magia, pois é nela que me refugio distante da rigorosidade cotidiana.
Tudo é tão rigoroso... A fala deve ser rigorosa, as palavras devem ter sentido e suas conclusões não podem se basear na crença. Tudo medido para que se chegue em algum lugar conforme os padrões dados. Vida como reta razão, não como círculos da imaginação.
Então me dedicarei a falar sobre coisas que eu realmente amo e que contem magia, coisa preciosa. Primeiro texto será sobre leões. Vou me aprofundar nele: aspectos mitológicos, leão na música, em quadros, em mim e na astronomia/astrologia.
Obrigado, Universo, por me deixar falar sem medo. Tenho tantos agentes na minha cabeça, que o sossego já vem tarde demais.
Tenho um guarda para cada coisa. Todos eles são pessoas de verdade, cuja imagem internalizei a partir destas pessoas do cotidiano. Tenho o guarda do engajamento político ("você DEVE se interessar por política, DEVE participar dos movimentos sociais, DEVE desconstruir o machismo, DEVE desconstruir o racismo, DEVE ser socialista, DEVE parar de ser classe média, DEVE calar a boca e lutar contra os opressores do sistema!"); tenho o guarda da ciência ("você DEVE ser ateu, você DEVE rejeitar o ocultismo, você DEVE ser hard-science, você DEVE não acreditar em espírito, você TEM-QUE, SEM OPÇÃO, REJEITAR QUALQUER COISA RELACIONADA A ALMA E ESPIRITUALIDADE"); o guarda do não-desperdice-a-vida ("você DEVE fazer alguma coisa agora, você DEVE se preocupar com o futuro, você DEVE aprender uma língua a mais"). Ok, este último já está muito mais fraco, acredite.  O que mais me pega agora são estes dois primeiros aí. Tá difíicil viver com eles gritando na minha orelha to-do-san-to-dia.
Mas vamos lá, Universo. Me deixa acreditar que você existe, por favor. Estou implorando a mim mesmo: se permita acreditar e fazer o que quiser, eu imploro! Não aguento mais viver assim, levando chicotada dos censores. Eu imploro, parem!
Bom... Eu deixei de ter o sensor do não-desperdice-a-vida com um curso que fiz, o da CNV. Ele foi realmente importante pra mim. Consegui questionar tudo de maneira natural, sem ter que buscar argumentos ou ler qualquer coisa. Provavelmente este será o caminho para deixar os outros dois guardas pra trás. Como iniciá-lo? Boa pesquisa. Vou ir atrás disto.
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Próximo (ou não) texto será sobre Leões. Ansioso!

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