quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Inspiração

Existe um sentimento de impotência em mim. Quando estou quase dormindo, naquele período que fica entre a realidade e o sonho, diversas músicas surgem e ecoam em minha mente. O interessante é que são harmonias compostas por mim na hora, e sem intervenção consciente. Ou seja: inspiração mesmo.
Semana passada, por exemplo, surgiu o Hino à Alegria, de Beethoven, mas tocada em um viola caipira. Uma vez, o que apareceu foi uma ópera fascinante. E também um sertanejo universitário, assim como poesias, riffs de heavy metal e um reggae.
Só que hoje, algo maior aconteceu. Enquanto meditava, o mantra Hare Krishna começou a "tocar" em minha mente. Coisa simples, dois acordes. Só que de forma extraordinária, toda uma orquestra surgiu! E mais ainda: eu escolhia o instrumento a ser tocado, e criava mentalmente a linha melódica.
Abusei de tambores, caixas, violinos, de um piano, uma harpa, uma soprano, um barítono — enfim, descreveria mais outros 4 instrumentos, mas como meu conhecimento de música clássica é mínimo, não sei o nome deles. Só sei que lembrava do timbre, e o fazia soar em minha mente, unido a outros timbres ou não.
Foi um estouro. Me emocionei, de tão lindo que o mantra ficou.
Agora, o sentimento de impotência fica: como vou mostrar isto ao mundo? Um dia terei acesso a tantos instrumentos? E como explicar o que está aqui dentro se não sei escrever partitura?
Angústia, gente, angústia...

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